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Avaliação Neuropsicológica: quando ela ajuda e por que faz diferença

  • Foto do escritor: Kátia Silva
    Kátia Silva
  • 21 de ago.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 22 de ago.

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O que é a avaliação neuropsicológica?

É um processo realizado por psicólogo(a) com formação em neuropsicologia para entender como o cérebro está funcionando no dia a dia — atenção, memória, linguagem, funções executivas, emoções e comportamento. O objetivo é traduzir sinais e sintomas em informações práticas que orientem o cuidado em casa, na escola e com a equipe de saúde.


Quando considerar fazer?

Considere a avaliação quando você percebe, de forma persistente (por algumas semanas/meses), situações como:

- Aprendizagem: dificuldade em ler, escrever, copiar ou organizar tarefas; notas caindo sem motivo claro.

- Atenção e comportamento: distração, impulsividade, inquietação, birras frequentes, conflitos.

- Linguagem e comunicação: fala muito restrita ou pouco funcional; dificuldade de compreender instruções.

- Emoções: ansiedade, preocupações excessivas, medo de ir à escola, tristeza persistente, alterações de sono.

- Mudanças recentes: após eventos importantes (mudança de escola, separação, perdas) ou condições clínicas.


Importante: a avaliação não rotula; ela explica e direciona o cuidado.


5 motivos pelos quais a avaliação ajuda

1) Entender o quadro completo – Muitas dificuldades andam juntas (atenção, ansiedade, aprendizagem). A avaliação identifica essas associações e evita tratamentos pela metade.

2) Revelar o que estava escondido – Alguns pontos ficam ofuscados por comportamento ou linguagem. Os testes e a entrevista clínica ajudam a ver além do óbvio.

3) Ampliar hipóteses sem julgamentos – “É preguiça? Falta de vontade?” — geralmente não. O processo amplia possibilidades de compreensão e aponta o caminho mais adequado.

4) Dar segurança ao tratamento médico – Quando o médico considera medicação, ter dados claros sobre atenção, impulsividade, humor e sono traz tranquilidade para família e equipe.

5) Acompanhar a evolução – A reavaliação, quando indicada, mostra avanços, ajuda a ajustar intervenções e fortalece o plano de cuidado ao longo do tempo.


Como funciona o processo (passo a passo)

1. Entrevista inicial (anamnese)

2. Aplicação de testes e tarefas

3. Observação clínica

4. Integração dos resultados

5. Devolutiva e plano

6. Relatório escrito


O que você recebe ao final

- Explicação compreensível sobre as dificuldades e potencialidades.- Recomendações práticas para casa e escola.

- Encaminhamentos para outras áreas quando necessário.

- Plano de acompanhamento (quando reavaliar, como medir progresso).


Mitos e verdades

- “Avaliação é só para fechar diagnóstico.” Não. Ela também direciona intervenções.

- “Se fizer avaliação, com certeza vai precisar de remédio.” Não. Medicação é decisão médica e não é indicada em todos os casos.- “Meu filho vai ser rotulado.” O foco é compreender para cuidar.


Como a família pode se preparar

- Traga exemplos concretos (caderno, recados da escola, situações do dia a dia).- Ajuste a rotina para que a criança esteja descansada e alimentada.

- Converse de forma simples: “vamos fazer atividades para entender como você aprende melhor”.

- Se for adulto, liste situações reais que deseja melhorar (trabalho, estudos, organização, atenção).


Perguntas frequentes (FAQ)

Dói? Não. São atividades e entrevistas.

Quanto tempo leva? Em geral, algumas sessões de 60–90 minutos, além da devolutiva. E se a escola discordar? O relatório explica a lógica dos achados e busca construir junto.

Quem realiza? Psicólogo(a) com formação em neuropsicologia.


Conclusão

Quando a família não entende exatamente o que está acontecendo, a avaliação neuropsicológica abre caminhos. Ela traz clareza, reduz culpas, organiza prioridades e torna o cuidado mais eficaz e humano. Se você se reconhece em alguma das situações descritas, busque orientação. Entender é o primeiro passo para avançar.

 
 
 

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